La Champagne et l’ordre du Temple : des origines au procès
Né en Orient dans le premier quart du XIIe siècle, l’ordre du Temple trouve ses origines et les conditions de son essor en Champagne méridionale, dans le sud d’un comté dont la capitale Troyes constitue le pôle attractif. Son co-fondateur, Hugues de Payns, y est né et appartient à l’entourage proche du comte. Le même Hugues obtient du pape la tenue à Troyes, en janvier 1129, d’un concile chargé de doter sa fondation d’une règle monastique puis sollicite l’aide de son cousin Bernard de Clairvaux qui assure la promotion définitive de l’Ordre avec le De laude novae militiae. Mais peut-être plus que toutes ces raisons, c’est sans doute l’abdication et l’engagement du comte Hugues de Champagne au sein de la fondation de son vassal, en 1125, qui a le plus frappé les esprits, décision inédite et singulière qui avait sans doute pour objectif de racheter l’honneur bafoué du lignage bléso-champenois et qui entraîna avec elle les donations et les vocations au sein de la noblesse locale. Née dans le contexte de la réforme grégorienne initiée par l’Église à partir des années 1060 et qui donna aussi naissance aux ordres de Cîteaux, des Chartreux et des Prémontrés, la Milice des Pauvres chevaliers du Christ en est peut-être l’un des plus beaux fruits ou le plus significatif. Bien plus, au sein même de ce vaste mouvement de renouveau spirituel que vient parachever l’appel du pape Urbain II à Clermont, le Temple réalise la synthèse a priori inconciliable de l’idéal monastique traditionnel et de la nouvelle vision de la chevalerie née des mouvements de paix et de trêve de Dieu. Symbole de l’idéologie de la guerre sainte, l’histoire de l’Ordre s’écrit, sur près de deux siècles, en parallèle de celle des croisades.
À partir des travaux les plus récents de la recherche historique, cette communication reviendra sur le contexte champenois de la création de l’ordre du Temple, l’aide apportée par les comtes de Champagne à son développement au sein de leur principauté et finalement, comme une ironie dont l’Histoire a le secret, sa chute au début du XIVe siècle à l’initiative du roi Philippe le Bel, le propre époux de la dernière comtesse de Champagne.
O processo de Reconquista e consolidação territorial e administrativa na região de Tomar
Nesta comunicação pretende-se dar a conhecer as estratégias de ocupação, conhecidas de todos como “Reconquista”. Se nas origens de Portugal este processo tem a sua origem mais remota no século IX, no caso de Tomar este processo só tem início no século XII e depois da consolidação da região do Mondego.
Abordaremos ainda a organização do espaço fronteiriço nomeadamente a guarda da fronteira que certamente incluiria alguns aventureiros de toda a espécie e cuja presença se poderá, porventura, refletir no segundo foral de Tomar, datado de 1174.
Convém ainda deixar alguns dados sobre o tipo de guerra que foi a da Reconquista, que era diferente da guerra transpirenaica. Se existiram os combates em campo aberto – e que povoam os nossos mitos e mais recentemente os filmes –, temos igualmente uma guerra de fronteira levada a cabo por tropas irregulares dos concelhos. E por que não falar um pouco do armamento existente à época do surgimento de Tomar, em 1160?
São alguns dos aspectos que pretendemos dar a conhecer e que por norma não pensamos muito neles.
Ponferrada, El puente, el camino de santiago y los templarios
El castillo de los templarios de Ponferrada entre los ríos Sil y Boeza, se eleva en lo que en origen fue un castro, en una posición similar a la de otros castillos de El Bierzo. Hacia 1178 Fernando II de León permite que los templarios establezcan una encomienda en la actual Ponferrada y en 1180 el Rey expide Fuero para la repoblación de la villa que había surgido un siglo antes, documentándose la primera fortificación en el año 1187. Fue ya en el siglo XIII cuando los Templarios levantaron el actual castillo que durante su existencia activa cumplió una triple misión de fortaleza, cenobio y palacio. Su posesión por parte de la Orden del Temple se debió a la cesión que les realizó en 1218 el rey Alfonso IX.
Edificado para facilitar el paso a los peregrinos que iban camino de Santiago de Compostela, el castillo de Ponferrada es uno de los más bellos e importantes del antiguo Reino de León. Se eleva sobre una pequeña colina que domina el río desde sus 60 metros de altura. Su planta tiene forma de cuadrilátero irregular alargado. A lo largo de su historia, esta fortaleza contó con numerosos propietarios que valoraban su buena situación geográfica. Aunque el castillo nació con el fin de proteger y dar asilo a los peregrinos jacobeos, este mismo emplazamiento ya conoció un puesto fortificado en época prerromana e imperial.
El Castillo de Ponferrada acoge una de las colecciones de Facsímiles más importantes del mundo; “Templum Libri”, y entre otros, un documento gráfico de gran valor histórico, un pergamino encontrado hace 300 años en los archivos secretos del Vaticano que muestra una parte del proceso contra los Templarios y desmiente la condena de Clemente V, de hecho, contiene la absolución impartida por Clemente V al último Gran Maestro del Templo, el fraile Jacques de Molay, y a los demás jefes de la Orden. Es el Pergamino de Chinon, el castillo francés donde Clemente V encarga esta primera parte del proceso, que no condena a los templarios, sino que el propio Pontífice absuelve a los maestros de la orden.
Los Templarios explotaron recursos descubiertos por otros pueblos muchos siglos antes que ellos. Sería el caso de la mina de Las Médulas, en el Bierzo (León). A pesar de las miles de toneladas de oro recolectadas por los romanos (técnica ruina montium), los templarios, se instalaron estratégicamente (Castillo de Cornatel), para controlar los principales accesos al lugar, y para dominar la región que tenía riqueza (Castillo de Ponferrada), y una longeva historia cultual, la denominada Tebaida Berciana, en cuyos valles y montes se albergó, el conocimiento del fenómeno eremítico. La escritora Matilde Asensi en su novela “Jacobus” sitúa en la profundidad de estas minas, el lugar donde los templarios ocultaron su tesoro, con un código que sólo podrían interpretar aquéllos que estuvieran en el secreto, uno los mayores misterios históricos peninsulares.
El paraje fue declarado en 1996 Bien de Interés Cultural (BIC). En el año 1997 Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO, y en el año 2002, Monumento Natural.
Da Ordem do Templo à Ordem de Cristo - nova instituição ou simples evolução na continuidade?
A Ordem Militar de nosso Senhor Jesus Cristo foi a saída imaginada pelo monarca D. Dinis para ultrapassar a crise provocada pela supressão da Ordem do Templo. Esta última, sob um pretexto qualquer, irá ver o princípio do fim a 13 de outubro de 1307 quando os seus membros são presos por toda a França. Em 1308, o Papa, através da Bula Regnas in Coelis Triumphans Ecclesia de 2 de agosto, convoca o soberano português para o Concílio de Viena, para aí se decidir do destino a dar à Ordem do Templo. Sabendo de antemão que a extinção da Ordem seria decidida, novo problema veria a luz do dia, que seria a questão dos bens.
Estando a Ordem do Templo no banco dos réus, à prisão dos membros da milícia poderia seguir-se o congelamento dos bens, que ficariam à espera de resolução. Antecipando-se a essa medida, D. Dinis vai proceder à "nacionalização" de Ega, Soure, Redinha e Pombal. Afinal, estes eram pontos estratégicos que seria necessário conservar se se queria manter a via norte-sul sem problemas. Em 1310 reverterão igualmente para a Coroa os sítios templários fortificados existentes na fronteira. Estas acções foram efectuadas a tempo, pois a bula Ad Providem, de 2 de maio de 1312, concede aos soberanos a posse interina dos bens templários, até o concelho decidir o que fazer deles. Estas atitudes não podem ser toleradas por um soberano, pois a localização de tais territórios é de real valia. Se o soberano não tivesse tomado esta decisão passaria a ter papel de administrador, após o qual o Sumo Pontífice cederia as propriedades a quem quisesse. É o que sucederá quando o castelo de Tomar for dado ao cardeal Bertrand por volta de 1314. Esta atitude papal provocará justos protestos.
Uma vez confirmada a supressão da Ordem dos Pobres Cavaleiros do templo de Salomão, D. Dinis vai encetar diálogo com o papado no sentido de ser criada uma nova ordem militar, em tudo idêntica à Ordem do Templo, se bem que vestida de uma nova roupagem. É o início da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo. A autorização papal é concedida através da Bula “Ad ea ex quibus”, datada de 14 de março de 1319.
Esta nova força militar ficava subordinada ao Papa, respeitava o monarca e tinha como visitador o abade de Alcobaça. Todos os bens templários iriam parar à posse da Ordem do Hospital. No entanto, devido a questões de equilíbrio político, os bens templários portugueses não irão parar à posse dos Hospitalários e a sede da Ordem de Cristo ficaria em Castro Marim até meados do século XIV.